segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Chaplin

   Mais uma vez Chaplin! Seu talento gritante se fez eterno através de seu legado precioso, lindo e completo. Charles Chaplin nunca precisou falar para encantar e envolver. Encantou plenamente e envolveu perfeitamente ao escrever, dirigir e estrelar "Luzes da cidade" e "O garoto". Ambos apresentam o clássico, querido e eterno vagabundo, Carlitos.
   "Luzes da cidade" já começa com uma hilária exibição do Carlitos em um monumento que estava sendo apresentado à cidade. Prossegue e, posteriormente, nasce a amizade entre o vagabundo e um milionário: Carlitos impede que o homem rico cometa um suicídio. A partir de então, viram amigos, porém o homem, quando sóbrio, esquece o ocorrido e ignora quem o salvou. Decorrente dessa confusão surge uma história de muitos equívocos e confusões típicas do humor único e cativante de Charles Chaplin.
   No mesmo dia, Carlitos fica encantado e apaixonado por uma florista cega e pobre. Por amor, tenta ajudá-la. Dedica-se para pagar o aluguel dela e restaurar sua visão. Surge um amor puro e tocante. Simples e rico.
   Carlitos consegue dinheiro com seu amigo bêbado. No entanto, foi acusado de roubá-lo. Foi preso e saiu da prisão meses depois quando a florista estava com a vida e visão completamente reestruturadas.
   O filme termina com uma das cenas mais belas que a sétima arte já ofereceu: a moça reconhece Carlitos após, novamente, dar-lhe uma flor e tocá-lo. Ela enxerga o que sentiu pela primeira vez.
   "O garoto" é "um filme com sorrisos e, talvez, uma lágrima". Uma mãe triste, pobre e desesperada se despede de seu filho e o abandona por não ter condições de suprir todas suas necessidades. O nosso vagabundo o encontra e o acolhe. Passa a educá-lo e se esforça para sustentá-lo. Carlitos desenvolve um forte amor paternal. O sentimento mais valioso do mundo nasce em meio à miséria em que eles vivem.
   Carlitos e John (nome que a criança recebeu do novo pai) constroem uma relação indestrutível. O Juizado de Menores não conseguiu separá-los. Carlitos passa uma emoção quase palpável na cena em que é afastado do filho que aprendeu a amar. Felizmente, a mãe do garoto, rica e arrependida, reencontra seu filho. Abriga Carlitos e John em sua casa. A história recebe o final feliz que merece e nós, espectadores e admiradores, recebemos mais uma obra carregada de amor e sentimento. Obras do tipo que Charles Chaplin sabia produzir com maestria.

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