segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A menina que roubava livros/lágrimas

Marcos Zusak escreveu perfeitamente um lindo triste livro. Convidou a morte para nos contar a emocionante história de uma guerra. Um irmãozinho que jazia em sonhos. Um manual de coveiro. Um maravilhoso pai e um acordeão. Uma mãe indelicadamente generosa. Um melhor amigo de cabelos cor de limão, vulgo Jesse Owens. Uma mulher infeliz e uma biblioteca. Um porão salvador. Um judeu escondido. Um Fuhrer maldito que lutava boxe. Uma adorável menina que roubava livros e sequestra lágrimas de leitores.
Liesel Meminger perdeu sua mãe e seu irmão para a fúria de um nazismo torpe. Resgatou seu primeiro livro da neve que cobria o chão do cemitério. Tratou de levá-lo consigo para seu novo lar, Rua Himmel 33. Encontrou sua nova família, os Hubermann. Hans, seu novo pai, retirava Liesel de seus pesadelos e, com todo carinho e paciência, conseguiu ensiná-la a ler quando o sono era interrompido.
Uma menina mais que especial que encontrou as palavras e as amou, odiou, abraçou, usou e sacudiu. Segurou nas mãos feito nuvens e as torceu feito chuva. Uma sacudidora de palavras, como definiu seu amigo secreto do porão.
Em uma fatídica noite, as bombas visitaram a Rua Himmel. A morte, surpreendentemente humana e narradora, levou as almas daqueles que ali estavam. De quase todos que ali estavam. Liesel e seus livros sobreviveram. Foi a noite de um beijo tardio e de um acordeão funestamente silencioso. Foi o fim do mundo da vida da nossa querida ladra de livros. Foi o fim de uma linda e preciosa história triste.


 


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