O autor
consagrado de hoje será o Caio Fernando Loureiro de Abreu, mais
conhecido como Caio F Abreu em suas assinaturas. Nascido em 12 de
setembro de 1948 e falecido em 25 de fevereiro de 1996, tendo vivido
47 anos, é apontado como um dos expoentes de sua geração e sem
dúvidas alguma um marco na literatura contemporânea. A escrita do
autor segue o estilo simples, uma linguagem coloquial e muito bem
arquitetada. Os temas de maior abordagem são: medo, solidão,
angustia e casos de romance (sempre abusando da dramaturgia e da
sensibilidade). O autor cursou as faculdades de Letras e Artes
Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), porém
abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas
de entretenimento.
Caio Fernando
Abreu passou por um momento de perseguição em 1968 por parte do
Departamento de Ordem Política e Social, sendo assim, refugiou-se na
casa de uma amiga também escritora em Campinas – SP. Passado dois
anos, ele parte para a Europa com o objetivo de exilar-se. Em 1974,
retorna ao Brasil. Idas e vindas, em 1994 após ter regressado da
França, eis que o autor recebe a triste notícia de que teria
contraído HIV. Ele era declaradamente homossexual em plena época
da Ditadura Militar no Brasil. Houve um tempo em que ele teria
dedicado o seu tempo à jardinagem, cuidando de roseiras. Atitude tal
que nos demonstra o brilho de sua alma poética.
A literatura de
Caio é sem dúvida cheia de marcas, cheia de histórias de leitores
que se identificam e as tomam para si. Segundo sua perspectiva
literária, a vida deve ser buscada continuamente. O seu primeiro
romance, Limite branco (1970), relata a angústia diante do devir e a
morte como certeza de jornada.
O modo cinzento e
a busca inquietante pela felicidade vivida por seus personagens fazem
com que o seu nome e os seus contos sejam lidos e admirados por
muitos jovens. Seu nome está vivo nas redes sociais, e suas palavras
e seus “morangos mofados” trazem um sabor especial à vida de
muitos leitores sedentos pela genialidade do autor.
Caio F Abreu
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