segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Até a próxima, Vasco.(a.k.a. Eurico Miranda)

O Brasileirão chega a seu momento derradeiro vitimando, pela terceira temporada consecutiva, mais um clube representante do Rio de Janeiro. A vítima da vez amarga seu terceiro rebaixamento à segunda divisão do campeonato brasileiro em apenas oito anos.
Gozações à parte, é uma tristeza presenciar o enfraquecimento dos quatro grandes clubes do Estado e a morte de inúmeros pequenos que se vêem atados à uma federação parasita e corrupta.


Como é do conhecimento nacional, clubes do porte de Fluminense e Flamengo abdicaram de participar com seus times principais do Campeonato Carioca em função das politicagens realizadas entre o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubem Lopes, e presidentes de agremiações, tendo como notoriedade às arbitrariedades em favor do Vasco da Gama.
Esse é apenas um dos motivos, sem contar as questões econômicas e o nível de competitividade do certame regional, que esvazia e tira o brilho do futebol no Rio de Janeiro e acaba refletindo nas competições de nível nacional.
O rebaixamento do Vasco não é só reflexo de uma instituição precária que administra o esporte do Estado. Tem muita culpa a petulância do seu presidente que se considera acima da lei e que busca de todas as formas, legais ou não, o benefício para seu clube.
De certa forma, justiça foi feita. A forma como se desenrolou a atual temporada para os clubes do Rio foi trágica esportiva e moralmente. A moral foi execrada no campeonato carioca. O nível foi muito baixo. 
Foi um verdadeiro absurdo tudo que aconteceu e o mandatário do clube frequentemente favorecido, Eurico Miranda, fazia questão de zombar com os rivais, proferindo, ao fim do conturbado campeonato carioca, a célebre frase: "O respeito voltou. Ponto!"
O autoritarismo que Eurico tenta reviver no futebol, buscando fundamentos na tradição ou em argumentos inconsistentes, esbarra na modernidade das relações buscadas para o esporte no Brasil após a acachapante derrota na Copa do Mundo.
Foto: Edgard Maciel de Sá
É uma pena que tais medidas modernizadoras parem na ultrapassada e também corrompida Confederação Brasileira de Futebol. A surpresa é ver que o mandatário do Vasco aceitou a derrota e não buscou uma virada de mesa, como nos anos 2000 ou propondo um campeonato com 24 clubes.
Por fim, em entrevista coletiva realizada nesta tarde em São Januário, Eurico Miranda reconheceu o trabalho realizado pela sua comissão técnica e garantiu a permanência dos principais jogadores de elenco, o goleiro da seleção do Uruguai Martín Silva e o meia-atacante Nenê.

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