segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

E a competitividade?

O ano menos competitivo, no âmbito esportivo, nas principais competições televisionadas por emissoras brasileiras, sem dúvidas, foi o de 2015. Para essa publicação, estarão excluídas as competições que possuem exclusividade dos canais fechados como ESPN, Sportv, Fox Sports, Band Sports e EI Maxx.
Basicamente, é um post para tratar de futebol e corrida de automóvel, os dois principais esportes televisionados pelas emissoras brasileiras. Mesmo que o ano de 2015 tenha ocorrido o Pan Americano em Toronto, o mesmo estará excluído dessa publicação por, exatamente, demonstrar um espírito de competitividade contagiante.
Os mais antigos, fanáticos pela F1, que viram corridas disputadíssimas até o fim da década de 1990, certamente estão muito frustrados com o que a categoria apresentou nessa temporada. Além do título antecipado de Lewis Hamilton, o domínio irrefreável da Mercedes fez com que muitos brasileiros perdessem a vontade de acordar cedo nos domingos para assistir às corridas.
O avanço tecnológico que a categoria alcançou, exige das escuderias um aporte financeiro notório para que seus engenheiros desenvolvam carros, ao menos, competitivos. Casos excepcionais podem acontecer como a tradicionalíssima McLaren que apresentou um carro muito ruim nessa temporada em face à falta de know-how dos engenheiros da Honda para desenvolver um motor mais poderoso. De fato, na próxima temporada o carro será melhor. Porém, Marussia e Caterham não conseguem desenvolver a mesma estrutura que a Mercedes, mesmo montadoras com mais história como a Williams ficam para trás por falta de maior aporte financeiro.
Sendo assim, a temporada fica previsível e com corridas entediantes. O esvaziamento da audiência nos últimos anos é apenas um reflexo do crescente desinteresse do público brasileiro em relação à categoria, muito por falta de disputa.


O mesmo aconteceu ao nosso Campeonato Brasileiro na sua edição de 2015. As emoções ficaram muito mais para fora do campo, com discussões acirradíssimas por causa dos erros de arbitragem que prejudicaram inúmeros clubes, do que dentro de campo, com partidas disputadas e emocionantes.
O time que apresentou um padrão tático melhor que os outros e equilíbrio psicológico para vencer suas dificuldades durante a temporada e seus adversários, sagrou-se campeão com muitas rodadas de antecedência.
Não necessariamente o Corinthians possuía um elenco mais rico que seus adversários diretos na disputa pelo título. Porém as condições citadas acima, fizeram com que o time de Tite abrisse larga vantagem na ponta da tabela, sendo apontado, por muitos, como campeão faltando cerca de 10 rodadas para o fim.
Foi um ano fraco para os esportes amplamente divulgados na grande mídia brasileira. A falta de disputa causou perdas em audiência e fez com que o espectador buscasse outras opções de entretenimento e soubesse os resultados por meio dos veículos de informação.

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